quarta-feira, 25 de janeiro de 2012



Subitamente o universo simbólico das marcas passou a contemplar chavões como “a satisfação de um desejo ou aspiração”, ou “a ilusão de aceder a um estilo de vida”, ou ainda “a liberdade de afirmação e o direito à diferença”.

Não foi raras vezes que vi escrito coisas como “um mundo sem marcas afigura-se marcado pela ausência de símbolos, de sonho, de individualidade, de afirmação, logo um mundo onde eu existo menos”.

Trata-se de uma afirmação não só falsa como perigosa.

As marcas apoderaram-se dos valores universais do ser humano e estão a usá-los como veículos de comunicação para impactar os seus consumidores. Serão as marcas a reagir aos novos consumidores, ou a condicionar os novos consumidores? Parece-me que a primeira hipótese é a mais credível.

Não são as marcas que nos vão proporcionar liberdade ou individualidade. Poderemos, sim, contar com elas para vincar algumas das ambições que pretendemos para nós, mas definitivamente não podemos depender delas para ser.

Posted by ... Unknown às 11:10
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