quinta-feira, 26 de janeiro de 2012



As marcas são necessárias. Não imagino um mundo sem marcas, isento de impulsos publicitários em que nos restringem a escolha a apenas um produto. Não deve ser uma existência fácil.

Consumir passou a ser uma característica inata ao ser humano. Sempre o foi, no entanto, usamos o verbo “passou” quando nos posicionamos na actual sociedade de consumo. Mais do que nunca, os nossos impulsos consumistas são estimulados por milhares de impactações diárias que recebemos aonde quer que estejamos. E se não estivermos lá, as marcas conseguem chegar até nós, deslocando-se a uma velocidade avassaladora.

Daqui resultam consequências que nos afectam. Para quem pode consumir e gosta de consumir, o mundo está aos seus pés. A atenção passa a ser desviada, quase exclusivamente, para este acto tão banal nos nossos dias. “Hoje vou ver montras e fazer compras” é um programa habitual. Para quem não pode consumir, resta-lhe imaginar que um dia o poderá fazer. Ficam-se pelo programa de “hoje vou ver montras”.

Em ambos os casos o simbolismo com que as marcas inundam o nosso espaço público torna-se evidente, por vezes demolidor.

Posted by ... Unknown às 13:59
Categories:

Sem comentários: