quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012



Tenho-me esforçado para tentar gostar de uma das últimas campanhas do BCP – aquela da fitinha em que o Mourinho aparece de braço no ar orgulhoso de ser português… Mas não gosto. Não consigo gostar.

Não consigo gostar da ideia do que o meu patriotismo está condensado numa fitinha de várias cores que ostentarei no meu braço e que é oferecida por um banco.

A ideia da fitinha até poderia ser boa, certamente um pouco infantil e bastante reducionista, mas quando associada ao orgulho em ser português, resulta, claramente, numa abordagem bastante forçada, simplista e pouco consistente.

Os criadores da campanha devem ter vendido esta abordagem misturando o conceito “fashion” (uma palavra profundamente irritante mas com uma abrangência imensa na actual sociedade de consumo) com a personagem Mourinho (o português com mais sucesso lá fora e que não se atemoriza de confessar as suas raízes – visto como um grande feito pelos apóstolos da imagem, mas que não passa de uma afirmação normal das suas raízes) e com o ambiente de crise que estamos a viver.

Daqui deve ter resultado a seguinte conclusão: Como vamos materializar tudo isto numa campanha de mass market? Vamos materializar numa fitinha colorida que vai estar constantemente no braço dos portugueses e que, certamente, lhes vai aumentar a moral e fazer com que todos falem do Millenium… o que, de certeza, irá resultar numa corrida desenfreada aos balcões.
Vamos ainda dar esta fitinha a todos os portugueses, independentemente da sua raça, credo ou banco e dizer aos media que esta campanha foi lançada para levantar a moral de todos os portugueses para que, em conjunto, possamos ultrapassar este mau momento que atravessamos.

Este é um exemplo de uma tentativa de contar uma história que na sua essência é fraca e reveladora de alguma ingenuidade e que se resultar é porque temos uma sociedade de consumo que está num processo de infantilização preocupante.

Posted by ... Unknown às 15:38
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012




A sustentabilidade tem sido advogada, de uma forma veemente, pelas grandes empresas ou grupos empresariais. De tal forma ganhou importância que se criaram departamentos específicos para lidar com esta nova forma de se estar na sociedade e investiram-se fortunas para se comunicar todas as acções que as empresas empreendem no sentido de se tornarem mais sustentáveis… Não é bem assim...

A sustentabilidade comunicada prende-se com a responsabilidade social que, por sua vez, se desdobra em responsabilidade com o meio ambiente, com as comunidades locais, etc. As restantes sustentabilidades de carácter económico e financeiro são muito pouco ou nada comunicadas.

A sustentabilidade, ou melhor, a responsabilidade social, funciona como mais um elemento que compõe os vários componentes que definem uma marca. Será com um objectivo real de, de facto, contribuir para uma melhor sociedade ou será mais um argumento de venda de um produto e, consequentemente, mais um argumento para com os accionistas de uma empresa? Serão todas estas coisas certamente, mas num momento de crise qual será o argumento que prevalece?

Posted by ... Unknown às 15:57
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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012



Posted by ... Unknown às 17:27
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