terça-feira, 1 de abril de 2008



Segundo Kevin Roberts, há algum tempo as marcas detinham o poder, porém, as coisas mudaram. “Actualmente, o poder mudou de mãos e está com o consumidor. E a vontade é continuar a deter o poder das marcas".

Actualmente o nosso trabalho é derrubar os preconceitos que ainda movimentam as empresas pelo mundo: “O sucesso de uma empresa é directamente inverso à proporção de tempo que se gasta com o planeamento estratégico. Nós estamos no ramo das acções. Todos têm que vender alguma coisa, e a única razão para fazermos publicidade é para vendermos melhor”.

Emoção para vender – Para vender melhor, Roberts afirma que é necessário envolver as emoções. “Cerca de 80% das vendas são feitas apoiadas na razão, a não ser que sejam as mulheres, que têm 180% das suas decisões comandadas pela emoção”.

“As marcas têm que ser amadas e não simplesmente respeitadas, como ocorria no passado”.

Como exemplos de empresas que perceberam esta nova necessidade, Roberts cita a Toyota, Wal-Mart e JC Penney. “Elas são exemplos de empresas que procuraram a paixão para atrair os consumidores, investindo numa comunicação com grande apelo emocional. A diferença entre os dois é que o racional leva a conclusões e o emocional leva a acções”.

O consumidor é a nossa mulher – Já passamos pela era da informação e do conhecimento. Estamos inundados em informações, e todos têm conhecimento para aplicar. Já passamos também pelo marketing da atenção, onde as pessoas eram interrompidas. Agora, chegamos à economia das atracções. “Temos de atrair o consumidor como se fosse uma mulher. O cliente não é um idiota, e temos de encantá-lo, envolvê-lo, conquistá-lo. Temos de passar da reacção para a interacção”.

Interacção – “Nos próximos cinco anos, os mass media serão interativos, sob pena de desaparecer” e chegou a hora de mudar o foco da comunicação de “um para muitos” para “muitos para um”. As pessoas estão cansadas de grandes promessas, querem compromissos, atenção, conexão.

“O marketing morreu. Necessitamos de passar para o departamento da interactividade. Precisamos de ser um conector. Os consumidores morreram e foram substituídos por gente".

As marcas deverão deixar de ter esse nome para se tornarem lovemarks. Um bom exemplo para isso é o iPod. “Nós amamos o iPod, dormimos com ele. As marcas são construídas sobre o respeito, e as lovemarks sobre respeito e amor”. “As marcas são insubstituíveis, e as lovemarks são irresistíveis e insubstituíveis. Se a relação não tem amor e respeito, não há relação”.

Três segredos:

Acrescente mistério, sensualidade e intimidade à sua marca e será possível construir lovemarks. As marcas devem cercar-se de alguns mistérios porque quanto mais se sabe sobre algo, menos interessante isso se torna. Um dos erros das empresas é fornecer informações a mais, além do que o consumidor quer e precisa saber. “Nós passamos todo o tempo a retirar os mistérios da marca e tornamo-la menos interessante. São informações a mais. Histórias fantásticas, cheias de mistério, não têm preço”.

Carregue no acelerador – Para se ter sucesso nos negócios, é importante ter foco, ter a capacidade de se reinventar, executar, entregar-se e ter responsabilidade. Mas também é essencial ter rapidez. “Fale rápido, aprenda rápido e conserte rápido”. “Além disso, insira paixão e harmonia. Paixão e harmonia são necessárias para o sucesso. Todos devem ter sonhos na sua marca, no seu negócio”.

Opte pela sustentabilidade – Optar pela sustentabilidade como uma parte integrante do nosso quotidiano. Cada um de nós pode ter um programa de responsabilidade individual, e isso deve ser levado para sua empresa.

“Transformar o mundo num lugar melhor para todos. O capitalismo da inclusão é o futuro do planeta, porque juntos temos a capacidade fazer um mundo melhor.

Posted by ... Unknown às 18:58
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