segunda-feira, 19 de novembro de 2007




São dos pensadores de gestão e estratégia mais em voga nos dias que correm. Pensam o mercado de consumo de uma maneira original, criativa e sem qualquer pudor.
São estas as 7 características que, segundo os autores, devem presidir a qualquer organização que pretenda afirmar-se nos dias de hoje:
(fonte: Funky Business de Jonas Ridderstrale e Kjell Nordstrom. Edição Fubu editores)

1. Menor: A empresa funky é de pequena dimensão, pois quanto "menos espaço, maior aproveitamento". Somos criativos em pequenas equipas. Talvez os habitantes da idade da pedra possam ensinar-nos algo. Naquela época o número médio de elementos de uma tribo era de aproximadamente 40 indivíduos. Na planície das savanas africanas, há 200.000 anos, supõe-se que os clãs tinham, no máximo, cerca de 150 elementos. Nigel Nicholson, da Londen Business School, aponta para a "força persistente de empresas familiares de pequena e média dimensão ao longo da história. Estas empresas, que em geral, não têm mais de 150 elementos, continuam a ser o modelo predominante em todo o mundo, sendo responsáveis por cerca de 60% de todo o emprego".

2. Plana: A empresa Funky é mais plana. De tal modo que o tempo que decorre entre a detecção de um problema e a implementação da respectiva solução é reduzido. A necessidade de tornar uma empresa mais plana dificilmente será uma grande notícia para qualquer um de nós, mas esta até pode ser. Há duas formas totalmente diferentes de horizontalizar uma empresa. A primeira é pegar numa marreta e começar a bater na organização a partir do topo, elevando simultaneamente os níveis inferiores por meio da formação e da educação. A segunda forma consiste em pegar na nossa mão, conduzir-nos ao centro da organização e dilacerar o meio. No ocidente a nossa preferência tem incidido sobre este segundo tipo de solução: livrarmo-nos do meio. Todos sabemos como os gestores intermédios são "aborrecidos e conservadores". Actualmente acreditamos que haja um perigo inerente a esta situação. Podemos acabar por depender dos "senis" para gerir "juvenis". De acordo com a nossa experiência, é no meio que, muitas vezes, se encontram as melhores pessoas - e as mais importantes. Só as precisamos de as utilizar da maneira certa: como um elo entre o topo e a base capaz de adicionar valor; traduzindo visão em acção e acção em visão. Muitas empresas japonesas já não falam de processos de baixo para cima e de cima para baixo. Em vez disso percebem que a acção organizacional real depende processos que se podem caracterizar como sendo do meio para baixo e do meio para cima.


3. Temporária: A empresa Funky é temporária. O que pretendemos dizer com isto é que trabalho por projectos e grupos. Derivado do facto do mundo dos negócios estar a atravessar uma fase de mudança, não nos é permitido utilizar uma estrutura estável, unisexo e de tamanho único. Temos de ser capazes de recombinar os nossos activos-chave e transformar a empresa num "parque de equipas". Para ter sucesso temos de criar uma cultura que misture ousadia e partilha.


4. Horizontal: As empresas Funky trabalham horizontalmente, por processos. A lógica hierárquica vertical assenta na simples suposição de que os inteligentes estão no topo e os tolos na base. A hierarquia divide as pessoas entre as que pensam e as que simplesmente fazem. Contudo, na realidade, sabemos que a maioria das oportunidades e problemas numa empresa ocorre horizontalmente - entre funções, áreas de actividade, divisões ou países. Além disso, numa lógica vertical, há pouco espaço para os fornecedores e os clientes - estão ambos fora da empresa.


5. Circular: Todos os sistemas realmente rápidos, tais como o nosso cérebro, usam o design circular. Talvez seja mais difícil entender este princípio. Assenta no facto de que temos uma imensa capacidade para nos auto-organizarmos, desde que consigamos um feed-back de 360 graus. A circularidade está ligada à democracia organizacional.


6. Aberta: Infelizmente, mudar simplesmente as estruturas internas não será o suficiente. Uma vez que a empresa está cada vez mais estreita e mais oca, precisamos também de desenvolver capacidades para que a ligação em rede se torne cada vez mais forte. Para a empresa Funky, o futuro significará mais joint-ventures, alinaças estratégicas e parcerias. Nem todos os activos podem ser mantidos internamente. É a rede e não a empresa, que se está a tornar a unidade relevante de análise e de acção. Cooperemos com os clientes, fornecedores e concorrentes.


7. Medida: Fanáticos do controlo de todo o mundo, não desesperem. O controlo não vai desaparecer. Tornar-se-á apenas mais indirecto. Não prevemos que a principal utilização da TI para muitas organizações venha a residir em mais comunicação, coordenação, personalização e contactos externos. Em vez disso, os sistemas de informação serão utilizados para aumentar o controlo medindo mais coisas, novas coisas, em vários níveis e com mais frequência do que antes. Em certa medida, isto substitui a perda do controlo hierárquico resultante da introdução de novas estruturas.

Posted by ... Unknown às 18:06
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